sexta-feira, 14 de maio de 2010

Resenha "O Nome da Rosa "






ALUNOS (AS): ANDERSON NONATO, BÁRBARA BRASIL, ELISABETE FEITOSA, JACINEIDE MAGALHÃES, JENNIFER LEAL, ROSA ALMEIDA, TÁCIO DANILLO.



O filme “O Nome da Rosa” é uma ficção, mas nada impede de nos remetermos àquele século retratado nele, onde, de acordo o que se conhece a respeito da Idade Média, foi um período em que, entre outros acontecimentos, Deus era o centro de tudo, como era pregado pelo Teocentrismo. E era em dele (Deus), que a Igreja Católica cometia diversas atrocidades contra o ser humano, desde a excomunhão até queimá-lo em fogueiras. No enredo do filme baseado no livro de Umberto Eco tudo gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. O investigador, o frade franciscano Guilherme de Baskerville, assessorado pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas A principal causa das mortes dos monges era a biblioteca, ou seja, as obras que lá continha e sobre tudo as de Aristóteles, pois a igreja o via como um problema, Sua obra a Poética, cuja existência não foi comprovada até hoje, ou nunca foi escrita ou foi queimada num incêndio, pregava a natureza boa e cognitiva do riso, fato que era inaceitável pela igreja daquela época. A Igreja dizia que o riso era ligado ao diabo, e ela temia que o povo deixasse de ter medo dele. O povo não tinha acesso aos acervos da biblioteca mesmo porque eles eram em sua maioria analfabetos. As mortes são o resultado do dogmatismo religioso de um monge, apostado em impedir que um livro, sobre o riso, pudesse ser conhecido, os mais curiosos, quando tinham chance de apenas folheá-lo, morriam com o veneno que estava em suas páginas, este entrava em contato com sua boca através do manuseio durante a leitura que faziam às escondidas,No filme, os sete pecados capitais encenados pelos personagens, não deixavam nada a desejar sobre o que continha nas obras de Aristóteles e na biblioteca do mosteiro. O monge franciscano William, renascentista com um a postura humanista e racional, consegue desvendar a verdade por trás dos crimes encontrados no mosteiro. Certamente até hoje algumas dessas histórias ainda são vivenciadas no que se diz respeito à igreja.
O período Renascentista que se desenvolveu na Europa entre 1300 e 1650, época em que se desenrola o filme (1327), vinha de encontro à Igreja, exatamente porque o Renascimento pregava a valorização do homem e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural. Quando William de Baskerville é enviado à abadia para investigar acusações de heresia, ele e o noviço, que é o narrador da história, devem também investigar uma série de assassinatos, um por dia durante a semana em que William está presente. William acredita que estes assassinatos estão relacionados com as filosofias ‘heréticas’ e práticas religiosas escondidas às quais alguns monges estão apaixonadamente dedicados. Alguns destes usualmente pios monges ganharam ao longo dos anos o controle da vasta biblioteca da abadia, e assim controlavam o acesso ao conhecimento. A biblioteca, construída como um labirinto com os livros organizados segundo um plano secreto, está fora de limites para William. Acreditando que as mortes na abadia estão de algum modo relacionadas com heresias e com livros misteriosos escondidos na biblioteca, William tem de investigar secretamente, sendo a sua investigação simultaneamente filosófica bem como uma procura pelo assassino ou assassinos. Nesse período, o Teocêntrico, onde acontece o filme, o que chama mais à atenção é a ascensão do cristianismo e fim da Idade antiga; Deus passa a assumir “trono” Máximo e está acima de todas as coisas, passa-se a acreditar no destino e na vontade de Deus, sobretudo regendo a vida. Nesse período a sociedade deve a obediência aos seus superiores, representados pelos que serviam à igreja. Nada poderia ser lançado como dúvida ou questionamento, tal situação seria definida como um desagrado a Deus e assim teria sérias consequências. Desta forma, a igreja era detentora de um grande poder sobre o povo e mais especificamente sobre os monges retratados no filme, a ponto de definir o que os mesmos deveriam ou não fazer, ou seja, tudo de acordo às leis superiores.
A reflexão do filme foi que de alguma forma houve uma contribuição que esse período teve para o individuo a importância do conhecimento e do uso da razão, apesar da fé, também podemos fazer uso da razão. Já que a Igreja não permitia que nada fosse questionado, impedindo o conhecimento e a verdade onde as pessoas eram impedidas de pensar, pois eram só eles quem detinham o conhecimento e o poder.

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